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La La Land: Sapateando por aí

  • giuliaghigonetto
  • 25 de jan. de 2017
  • 3 min de leitura

Na hora que este post sair do forno, a nomeação do Oscar de 2017 já terá sido feita no dia anterior. Todos já sabem que La La Land, do diretor Damien Chazelle (o mesmo do sensacional Whiplash) recebeu o número de indicações recorde este ano, concorrendo em 14 categorias.

Depois de ver o trailer de todos os indicados, sinceramente achei que o filme não seria tudo isso, estava até com um pré conceito, imaginava eu saindo do cinema criticando. Mas não é que o bichinho La La Land me picou?!

Antes de comentar, lá vai uma curiosidade (não sei se todos sabem, mas minha irmã não sabia, então...) La La Land é um dos apelidos da cidade de Los Angeles. O motivo? Não tenho ideia... Dei uma pesquisada, mas não encontrei nada. Se souberem, por favor, compartilhe. E, sim, esse também é o nome de uma música da Demi Lovato.

Vamos ao filme... Por um pouco mais de duas horas, acompanhamos um ano na vida de Mia (Emma Stone), uma aspirante a atriz que se mudou de Nevada para a Califórnia, em busca de seus sonhos, e do pianista Sebastian (Ryan Gosling), que deseja trazer a glória do jazz de volta.

A primeira coisa que vemos é o típico trânsito de Los Angeles. Se você acha São Paulo infernal, lá é pior, sério! E a partir daí, mergulhamos numa imensidão de cores, jazz e sapateado. Curte filmes antigos e musicais? Você vai adorar La La Land.

Estamos falando de uma história de amor, não necessariamente entre os principais. Para mim, o longa é uma homenagem as virtudes e defeitos de Los Angeles, ao jazz e aos musicais estilo Gene Kelly e Fred Astaire. Depois de La La Land, percebi que apesar de já ter visitado a cidade, não vi nem metade dela. Aliás, quem dera visitar o Griffith Observatory daquele jeito! Quando eu fui, a fila de carros para entrar descia colina a baixo. Desistimos na hora... Outra coisa, não é sempre ensolarada, não. Peguei um frio do cão.

Não acho LA uma cidade bonita, como diz um amigo urbanista "é um grande subúrbio à procura de uma cidade, ou vários subúrbios que conurbam". Mas Chazelle consegue nos mostrar seu lado bonito e até mesmo romântico. Me trouxe uma nostalgia e desejo de voltar para lá.

Quanto aos defeitos, já mencionei o trânsito, mas também vemos a realidade de quem faz testes atrás de testes para conseguir seu lugar ao sol. Acredito que La La Land não mostra, nem de longe, a real decadência da cidade, mas isso não cabe na proposta do filme.

A fotografia é outra coisa que define demais o filme. O esquema de cores e a luz são lindos e ajudam a trazer um ar de atemporalidade. É como se fosse o 500 Dias com Ela, tem hora que não sei se é um filme passado nos dias atuais ou na década de 1950/60.

Eu gosto muito de jazz, não exatamente do estilo tocado em La La Land, mas as músicas compostas por Justin Hurwitz são super bem feitas, ficam na cabeça e te fazem querer sair dançando por aí.

Querem outra curiosidade? O café em que a Mia trabalha dentro do estudio da Warner, é o mesmo usado para ambientar o Luke's em Gilmore Girls (ele também foi usado em Pretty Little Liars), o cenário do lado é o estúdio de dança da Miss Patty e o Stage 6, no qual os personagens vêm uma ambientação de Los Angeles, foi onde Casablanca, O Tesouro de Sierra Madre, Disque M para Matar e a clássica série de medicina, ER, foram rodados.

Agora com licença que tenho que arranjar um vestido rodado colorido, sapatos de sapateado estilo Oxford, conferir os outros indicados ao Oscar, e quem sabe, arrajar um pianista de jazz que dance comigo.

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