Gilmore Gilrs revival: Um ano em quatro atos
- giuliaghigonetto
- 5 de dez. de 2016
- 3 min de leitura

Sabe aquela sensação de vazio que sentimos quando acabamos um livro, filme ou chegamos ao final de uma série? Eu senti isso duas vezes com Gilmore Girls.
Vocês lembram do meu primeiro post? Falei o quanto a série era especial para mim e porque escolhi ela para ser minha primeira resenha do blog. Agora estou escrevendo imediatamente depois de acabar o revival e não consigo explicar o que eu estou sentindo agora.
Antes de tudo, deixa eu dizer que não darei spoilers (não sei como, mas não vou dar, juro!) e preciso explicar o título do post. A proposta da diretora, criadora e roteirista da série Amy Sherman-Palladino foi fazer quatro episódios de 1h30 cada, retratando a vida das garotas Gilmore durante cada estação do ano. Todos os personagens voltaram (menos o Chad Michael Murray, apesar do personagem dele ter voltado interpretado por outro ator) e a falta de Edward Herrmann, que vivia Richard, o pai de Lorelai (Lauren Graham) e avô de Rory (Alexis Bledel), foi extremamente sentida. Eu esperava ver ele falando "Hello, Lorelai" toda vez que acontecia alguma cena em sua casa.
Ver os rostos conhecidos, a ambientação de Star Hollow (que eu vi ao vivo no tour pelos estúdios da Warner em Los Angeles), ouvir as falas aceleradas e rir com os chiliques do Michel (Yanic Truesdale) foi como se sentir em casa. Eu sei, aquilo é uma série, a cidade não existe, muito menos os personagens, mas sentar no sofá e assistir eles ganharem vida novamente foi tão confortável e conhecido quanto voltar para casa todo dia (comparação rídicula?).
Amy e seu marido, Daniel Palladino fizeram um ótimo trabalho em trazer toda a história de volta ao seu eixo! E os atores se mostram cada vez mais execepcionais por capturarem as essências desses personagens que foram interpretados pela última vez há 10 anos!! Sem contar que consigo notar a diferença entre o que a Warner oferecia para a produção e o que a Netflix disponibilizou para o revival. Os cenários são iguais, cada detalhe está lá, mas ganhamos mais locações. Stars Hollow cresceu, tem até uma piscina comunitária agora, quer dizer, vai ver que já tinha, mas nunca havíamos visto antes!
É engraçado (e incrível) como em 6 horas de série conseguimos notar claramente o crescimento das três GIlmores. Emily (Kelly Bishop) teve que aprender a viver sem o Richard, Lorelai decidiu tomar decisões e finalmente fazer terapia e Rory... Bem, a Rory, em seus plenos 32 anos, viu que, infelizmente, não podemos planejar nossas vidas, imprevistos acontecem o tempo todo e temos que viver com isso (eu podia aprender com isso, né?).
Chorei quando o primeiro episódio começou e chorei quando o último terminou. Sou uma pessoa sensível, tá? Claramente podemos ver que aquilo é uma dedicação de amor para a série toda, com tudo pensado cuidadosamente para homenagear a trama. E sei que não fui a única que chorou, então se prepare e separe alguns lenços de papel. E se esse texto estiver um pouco atrapalhado, já aviso que é culpa dos longos discursos confusos da Lorelai.
Tenho apenas duas reclamações: por favor, coloquem alguma coisa dentro dos copos de café. Não precisa ser líquido, pode ser qualquer coisa para lembrar os atores que, teoricamente, deveria ter café ali dentro e o copo deveria pesar, então eles são dificilmente carregados de jeito torto!
A outra coisa é que as famosas quatro últimas palavras nos apunhalam no coração! Você vai gritar "Não, não pode acabar assim".
Então, só posso terminar este post dizendo que a Emily é minha nova Gilmore favorita, que o Kirk (Sean Gunn) e o Michel deveriam ter uma série só para eles, definitivamente queria experimentar as panquecas do Luke (Scott Patterson), descobrir o wi-fi do café (quem assistiu vai entender)... Ah, e é claro, não podia esquecer... NÃO, NÃO PODE ACABAR ASSIM!!!!!
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